domingo, 14 de dezembro de 2025

BYE BYE BAHIA 2025 REÚNE MOTOCICLISTAS DE TODO O BRASIL EM FESTIVAL DE ROCK EM PORTO SEGURO

 


Entre os dias 11 e 13 de dezembro, Porto Seguro foi palco de um dos maiores encontros de motociclismo da Bahia: o Bye Bye Bahia 2025. Realizado na Passarela da Cultura, o evento reuniu motociclistas de diversos estados, motoclubes, turistas e amantes do rock, encerrando o calendário anual do motociclismo baiano com música, confraternização e espírito de estrada.

Mais do que um encontro, o Bye Bye Bahia se consolidou como um espaço de valorização da cultura do rock, promovendo um verdadeiro intercâmbio musical entre bandas autorais, covers consagrados e intérpretes do rock municipal, regional, nacional e internacional. A Banda principal, Nenhum de Nós, se apresentou dia 12 às 00:00hs.

O encontro das bandas e suas características


Um dos grandes diferenciais do Bye Bye Bahia 2025 foi a diversidade musical apresentada no palco. O evento promoveu um encontro plural entre estilos, propostas e identidades artísticas, agradando públicos de diferentes gerações.

  • Bandas Autorais: Nenhum de Nós e Gynho Couto ( Banda GC)
  • Bandas Covers: Imunidade Charlie Brown Jr., Calibre de Rosas e Sabbathozzi
  • Bandas Intérpretes: As demais atrações, com repertórios marcantes do rock nacional e internacional ( Retrospecto, Kakau Rocha & Banda, Audiobox, Geração Hits, Sting, Maria Horta e Geração Hits )

Essa combinação trouxe ao público uma experiência rica, alternando canções inéditas, clássicos consagrados e releituras criativas.

Programação oficial do evento foi...

🗓️ Quinta-feira – 11 de dezembro

  • Gynho Couto & Banda  (abertura oficial do evento)
  • Maria Horta
  • Terminal V8
  • Sabbathozzi

🗓️ Sexta-feira – 12 de dezembro

  • Geração Hits
  • Sting
  • Nenhum de Nós
  • Audiobox

🗓️ Sábado – 13 de dezembro

  • Kakau Rocha & Banda
  • Retrospecto
  • Calibre de Rosas
  • Imunidade Charlie Brown Jr. (encerramento oficial)

Destaques das apresentações

A abertura do evento ficou por conta de Gynho Couto & Banda , que apresentou um show envolvente, marcado por músicas autorais de forte identidade, produção de  vídeo profissional, uma para cada música apresentada. O destaque foi a canção:  "Não importa de que lado você está" e “Rock Bye Bye”, composta especialmente para o evento, além da homenagem aos Titãs, que promoveu grande interação com o público.



 Maria Horta chamou atenção pela criatividade ao adaptar músicas de diferentes estilos para uma linguagem de Jazz Rock , aliando originalidade, performance de palco e presença cênica marcante.

 


 Terminal V8 mostrou a força do Rock  e  com um repertório vasto, bem escolhido e executado com precisão, manteve o público conectado do início ao fim. Boa Energia !!!!

 

 A banda Sabbathozzi se destacou pela segurança musical, excelente marcação rítmica e afinação vocal, entregando um show técnico e consistente.


A Geração Hits, além da simpatia, demonstrou competência e presença de palco, deixando a impressão de ser uma promessa futura no mercado musical nacional e até internacional. Fiquem de olho nesses meninos...



 Sting levou ao palco alegria, descontração e profissionalismo, traduzindo com leveza e energia a essência do rock, muito bom.


O grupo Nenhum de Nós emocionou o público ao revisitar sua trajetória, fazendo a plateia cantar junto seus grandes sucessos, em um dos momentos mais nostálgicos do evento. 


NENHUM DE NÓS - Integrantes falam da banda e do cenário musical O


Kakau Rocha impressionou com sua voz poderosa, forte presença de palco e figurino bem alinhado à proposta do show. Banda muito competente e experiente.

Palco com banda pessoas cantando e tocando guitarra

O conteúdo gerado por IA pode estar incorreto.

 

 A banda Retrospecto surpreendeu pela potência vocal , pelo repertório recheado de clássicos do rock e pela competência do conjunto. Um detalhe curioso chamou a atenção do público: a impressionante semelhança física de um dos guitarristas com Peter Frampton, arrancando comentários e aplausos.




Já a Audiobox, que antecedeu a atração principal, levou o público ao delírio com uma apresentação irretocável, marcada por energia, técnica e interação intensa com a plateia.


 


 Reel by CALIBRE DE ROSAS GUNS COVER ES BRAZIL Experience  (@calibrederosasbrazil) · January 16, 2025

As Bandas Imunidade - Charlie Brawn e Calibre de Rosas entregaram performances brilhantes, com covers fiéis e empolgantes, conquistando o público pela energia e qualidade musical. Coube à Imunidade Charlie Brown Jr. o encerramento oficial do evento, fechando o Bye Bye Bahia em clima de celebração e nostalgia.As bandas Imunidade Charlie Brown Jr. e  

🏍️ Cultura, turismo e impacto local

Além da música, o Bye Bye Bahia 2025 fortaleceu o turismo e a economia local, movimentando hotéis, bares, restaurantes e o comércio da cidade. O tradicional passeio motociclístico pelas ruas de Porto Seguro reforçou o espírito de união entre os participantes e atraiu a atenção de moradores e visitantes.

Depoimentos

“Nós da Sabbathozy estamos muito felizes. Obrigada pela oportunidade que nos foi dada. Um prazer poder estar em um evento como esse. “ ( Ayalla)

“Meu povo em nome da Geração Hit, quero agradecer a todos os envolvidos na organização desse maravilhoso evento , a receptividade foi fantástica, o acolhimento idem, vibração e positividade fantástica, gratidão mesmo, bjs nos corações de todos.” (Pablo)

“Som, Palco, Camarim, cumprimento de horários, público acolhedor, tudo excelente “ (Gynho Couto)

"O bye bye motorock de Porto Seguro ofereceu a Banda Geração Hit um palco de grande visibilidade  onde a energia vibrante do rock permitiu que a Geração Hit mostrasse sua identidade e seu repertório versátil de envolver plateias. Toda a organização do evento merece nota 10 pelo esforço que fizeram pra que esse grande evento acontecesse". (Geração Hit)

"Quero agradecer demais ao evento Bye Bye por essa oportunidade insana! Tocar para os motoclubes de Porto Seguro e região é sempre uma energia diferente. Eu e minha banda sentimos a vibração de vocês do palco e foi surreal. Muito obrigada a todos que estiveram junto com a gente.  Principalmente aos que de forma direta nos ajudaram muito, menciono  aqui Tonny representando o motoclube liberdade que acredita no meu trabalho e tem me incentivado tanto também quero agradecer ao Sérgio por todo o suporte pra que eu pudesse participar desse evento. (Kakau Rocha e banda agradecem a todos com carinho!)"

  Um encerramento à altura do evento

O Bye Bye Bahia 2025 se despediu deixando um legado de organização, diversidade musical e integração cultural. Mais do que um evento, foi a celebração de um estilo de vida que une estrada, rock e amizade — já deixando expectativa para a próxima edição.

Prefeitura Municipal de Porto Seguro - Portal Oficial.

Quem trabalhou para você se divertir no Bye Bye Bahia 2025






segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Banda GC abre o Bye Bye Bahia em Porto Seguro com mega show audiovisual



No próximo 11 de dezembro, às 18h, a Passarela da Cultura, em Porto Seguro, será tomada pelo som potente da Banda GC – Gynho Couto, responsável pela abertura oficial do Bye Bye Bahia, o tradicional festival de rock que reúne motociclistas de todo o Brasil. O evento acontecerá de 11 a 13 de dezembro, sempre a partir das 18h, e promete movimentar a cidade com música, motociclismo, cultura e muita energia positiva.

Show audiovisual inédito

A Banda GC prepara uma apresentação que promete surpreender o público, misturando rock, performance e tecnologia. No palco, a banda fará um show de áudio e vídeo com efeitos especiais, apresentando viagens a Marte, imagens psicodélicas, cenas de surf na Austrália e muito mais.

Entre os destaques está a música “Não Importa de Que Lado Você Está”, que vai embalar uma viagem sonora e visual. O setlist também inclui sucessos internacionais, músicas autorais e, no auge da apresentação, uma grande homenagem aos Titãs – trazendo nostalgia e emoção aos fãs do rock nacional.

Durante o espetáculo, a GC viverá sete momentos distintos, percorrendo o rock internacional dos anos 80, suas músicas autorais de alto impacto e a já esperada homenagem aos Titãs. “A abertura do Bye Bye Bahia será de tirar o fôlego”, garante a banda.

Hits nacionais da GC



Com crescimento no cenário musical, a Banda GC vem conquistando espaço com seus lançamentos nacionais, entre eles:

  • “Os Homens Não Sabem o Que Querem”

  • “Solidariedade”

  • “Recordações”

As faixas já circulam em playlists, rádios e eventos do gênero, reforçando a identidade musical forte e a assinatura sonora do grupo.

Atrações do festival



O Bye Bye Bahia 2025 trará uma programação intensa:

  • Quinta-feira (11/12): Abertura com Banda GC

  • Sexta-feira (12/12): Grande show da banda Nenhum de Nós, à 00h

  • Sábado (13/12): Bandas cover de Charlie Brown Jr. (Imunidade) e Guns N’ Roses (Calibre de Rosas) , prometendo transformar a Passarela da Cultura na verdadeira Passarela do Rock







De quinta a sábado, motociclistas de diversos estados tomarão Porto Seguro, exibindo máquinas impressionantes, confraternizando e celebrando a cultura do motociclismo. O evento reforça também o clima de paz, segurança e integração entre público, artistas e visitantes.

Um festival para entrar na história

Com música, motos, arte e grandes encontros, o Bye Bye Bahia deve atrair milhares de pessoas à Passarela da Cultura. A abertura com a Banda GC promete ser o início perfeito para um fim de semana inesquecível em Porto Seguro.

domingo, 23 de novembro de 2025

ITAPEBI: ENTRE DESAFIOS E ENCANTOS — a cidade ribeirinha que resiste na Bahia




Itapebi, no interior da Bahia, é daquelas cidades que parecem guardar um brilho discreto, quase secreto. Pequena, histórica e marcada pela força do Rio Jequitinhonha, carrega belezas que surpreendem qualquer visitante — mas enfrenta, ao mesmo tempo, dificuldades que afetam seu crescimento e contribuem para a perda de moradores nos últimos anos.

Esta matéria busca mostrar os dois lados: os desafios que precisam ser enfrentados e as qualidades únicas que fazem de Itapebi um lugar especial e cheio de potencial para ser um destino turístico acolhedor e  valorizado.

A Cidade Baixa e o encontro do rio com a história

Quem chega à parte mais antiga do município, a chamada Cidade Baixa, entende por que tantos moradores descrevem Itapebi como “mágica”. As casas às margens do Jequitinhonha refletem na água, criando uma das paisagens mais belas da região. Ali a vida pulsa em ritmo ribeirinho: pescadores, pequenas embarcações cruzando o rio e um cotidiano simples, mas carregado de poesia.

Essa área histórica, no entanto, também é uma das que mais sofre com alagamentos, problemas estruturais e degradação natural. Muitas famílias convivem com a incerteza de enchentes e com a falta de investimentos consistentes em revitalização.
Ainda assim, a paisagem permanece um espetáculo que encanta e deixa qualquer viajante desarmado diante de tanta paz.

Travessias diárias e cultura indígena viva

Nos arredores de Itapebi, indígenas Tupinambá e Pataxó compartilham o território com a cidade. Muitas famílias atravessam o rio todos os dias em pequenos barcos para trabalhar, estudar ou vender artesanato.

É uma rotina que mistura tradição e desafio.

Por um lado, esse modo de vida preserva uma identidade cultural única, que poderia ser valorizada pelo turismo responsável, abrindo portas para geração de renda e fortalecimento da cultura local.
Por outro, a travessia diária expõe dificuldades: falta de estrutura, de transporte adequado e de políticas públicas contínuas que apoiem as comunidades tradicionais.



Uma igreja colonial que guarda a memória do Brasil

No alto, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição se impõe como guardiã do passado. Seu estilo colonial e sua vista para o rio transformam o local em um dos pontos mais fotogênicos da cidade.
A igreja é símbolo da história de Itapebi e testemunha silenciosa do tempo — das primeiras ocupações à chegada de novos ciclos econômicos, passando pela construção da hidrelétrica no município antigo.

A fé e a identidade religiosa ainda são fortes na comunidade, marcando festas, encontros e tradições que movimentam o calendário local.





A tranquilidade de uma cidade com baixas taxas de violência

Em tempos em que tantas cidades pequenas sofrem com crescimento da criminalidade, Itapebi se destaca pelo clima de tranquilidade. Moradores relatam uma sensação de segurança que se tornou motivo de orgulho e que, se bem trabalhada, pode ser um diferencial turístico.

Ao mesmo tempo, é importante que essa tranquilidade seja acompanhada de políticas permanentes de prevenção e inclusão social para garantir que a paz permaneça como marca registrada do município.

Os desafios que afastam moradores

Apesar de tantas qualidades, Itapebi enfrenta questões que têm levado parte da população a buscar oportunidades em cidades maiores:

1. Poucas opções de emprego e renda

A economia local ainda é pouco diversificada. Muitos jovens deixam a cidade em busca de trabalho, principalmente nas áreas de comércio, construção e serviços especializados.

2. Infraestrutura que precisa avançar

Estradas, saneamento, manutenção urbana e áreas ribeirinhas carecem de investimento contínuo. A Cidade Baixa, que poderia ser joia turística, também é um dos pontos mais vulneráveis.

3. Falta de políticas de valorização turística

A cidade tem potencial natural, histórico e cultural imenso, mas ainda pouco explorado. Faltam roteiros estruturados, capacitação de guias, divulgação e parcerias com agências de turismo e quem sabe um olhar mais próximo do Governo Federal e suas políticas públicas.

4. Questões ambientais e fluviais

Variações no nível do rio e impactos de obras e barragens influenciam a pesca, o transporte e até áreas habitadas próximas à margem.

Os encantos que tornam Itapebi única

Mesmo com as dificuldades, Itapebi tem características raras, que poucas cidades no Brasil conseguem reunir:

  • Paisagens ribeirinhas que parecem pinturas.

  • Comunidades indígenas vivas, preservando identidade histórica do país.

  • Uma igreja colonial que é monumento e mirante ao mesmo tempo.

  • Um povo acolhedor, gentil e pacífico.

  • A tranquilidade de uma cidade onde a vida corre devagar, mas corre verdadeira.

Itapebi é um desses lugares que merecem ser vistos, lembrados e valorizados.

Itapebi merece ser revisitada — pelo turismo e pela memória nacional

Mais do que uma cidade pequena do interior da Bahia, Itapebi é parte da história do Brasil.
Sua relação com o rio, suas tradições, seus povos e seu patrimônio deveriam colocá-la em destaque entre os destinos de turismo cultural e ecológico do estado.

Mas isso só será possível com investimentos, projetos de valorização, cuidados ambientais e fortalecimento da economia local.
A cidade já tem beleza demais. Falta apenas que o Brasil a conheça e que seus próprios moradores tenham motivos para querer ficar — e prosperar — em sua terra.

TV Opinião - Itapebi



quarta-feira, 5 de novembro de 2025

GUERRA SILENCIOSA NAS PREFEITURAS: quando a estabilidade vira instrumento de poder e perseguição


COLUNA DO COUTO

Nos bastidores das administrações municipais brasileiras, cresce um fenômeno preocupante: servidores efetivos, secretários e superintendentes transformando o serviço público em campo de disputa pessoal e política. Amparados pela estabilidade e por brechas administrativas, muitos desses agentes públicos vêm utilizando o próprio aparato institucional para sabotar a gestão, manipular processos e perseguir colegas e cidadãos — minando a autoridade do prefeito e travando o funcionamento da máquina pública.

O prefeito, embora seja a autoridade máxima do Executivo municipal, muitas vezes se vê refém de um sistema burocrático dominado por servidores de carreira e comissionados que se consideram intocáveis. Esses grupos, ao invés de executar políticas públicas, impõem barreiras internas, negam atendimento ao cidadão, retardam procedimentos e, em alguns casos, incentivam a população a recorrer ao Judiciário contra o próprio município.

Sob o pretexto de “defender a legalidade”, distorcem o princípio da autotutela administrativa, que, segundo as Súmulas 346 e 473 do Supremo Tribunal Federal, garante à Administração Pública o poder-dever de corrigir seus próprios erros e rever seus atos sem depender do Judiciário. O servidor, porém, não detém esse poder isoladamente — ele atua dentro de uma hierarquia que tem comando e responsabilidade pública. Quando esse equilíbrio é rompido, o resultado é o caos administrativo.

A situação se agrava quando secretários, superintendentes e servidores estáveis passam a utilizar processos administrativos internos como instrumentos de perseguição. Em vez de zelar pela disciplina e legalidade, instauram sindicâncias manipuladas, procedimentos tendenciosos e denúncias infundadas para constranger servidores celetistas, contratados ou até mesmo outros efetivos que não se submetem a seus interesses. Essa prática destrói a harmonia administrativa e gera um clima de medo e paralisia dentro das secretarias.

A Lei nº 9.784/1999, que regula o processo administrativo federal e inspira as normas municipais, é clara: a Administração deve anular atos ilegais (art. 53) e pode convalidar erros sanáveis (art. 55), desde que não haja prejuízo ao interesse público. O objetivo é corrigir, não punir por conveniência política ou pessoal. Quando servidores utilizam essas ferramentas para perseguir, violam os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e eficiência (art. 37 da Constituição Federal).

Do ponto de vista penal e disciplinar, o servidor que retarda, distorce ou se nega a cumprir ordens legais pode responder por:

  • Prevaricação (art. 319 do Código Penal) — deixar de praticar ato de ofício por interesse ou sentimento pessoal;

  • Desobediência (art. 330) — recusar-se a cumprir ordem legal;

  • Improbidade administrativa (Lei 8.429/1992, art. 11) — violar deveres de legalidade e lealdade à Administração.

Já o uso abusivo de processos administrativos falsamente motivados pode configurar abuso de autoridade (Lei nº 13.869/2019), especialmente quando o intuito é constranger, intimidar ou eliminar adversários dentro do serviço público.

O desafio, portanto, é reconstruir o equilíbrio e o respeito institucional dentro das prefeituras. A estabilidade não pode ser confundida com impunidade, e a função pública não pode servir de instrumento de poder interno. O verdadeiro servidor é aquele que coopera, cumpre ordens legais e defende o interesse coletivo — e não o que sabota, persegue ou manipula processos para atender vaidades e conveniências pessoais.

O princípio da autotutela administrativa deve ser compreendido como dever de corrigir erros em nome da eficiência e da legalidade, jamais como autorização para destruir carreiras, manchar reputações ou travar a vontade soberana do povo expressa na figura do prefeito eleito.
A máquina pública deve servir à cidade — e não aos seus próprios operadores.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Educação Empreendedora: o futuro começa na escola

 


Por que ensinar empreendedorismo para jovens de 13 a 18 anos é a chave para transformar o Brasil

O mundo está mudando — e rápido. A cada nova geração, surgem tecnologias, profissões e desafios que exigem muito mais do que boas notas. Exigem iniciativa, criatividade e capacidade de resolver problemas. É nesse cenário que a Educação Empreendedora ganha força como uma das estratégias mais transformadoras dentro das escolas brasileiras, especialmente entre os jovens de 13 a 18 anos.

🧠 Empreender é mais do que abrir um negócio

Quando falamos em empreendedorismo na escola, não estamos falando apenas de ensinar os jovens a montar uma empresa ou vender produtos. O foco está em formar mentes criativas, proativas e autônomas, capazes de transformar ideias em ações concretas — seja na comunidade, no mercado de trabalho ou em projetos pessoais.

A Educação Empreendedora estimula valores como liderança, colaboração, empatia, planejamento, gestão do tempo e visão de futuro.
Essas competências são consideradas pela UNESCO e pela OCDE como essenciais para o século XXI.

“O empreendedorismo escolar é uma ferramenta de emancipação. Ele desperta o protagonismo do aluno e o faz perceber que é possível construir o próprio caminho”, explica a educadora Sandra Vital Lacerda, especialista em projetos educacionais e culturais.

📚 A escola como laboratório de ideias

Entre os 13 e 18 anos, os jovens estão em um momento decisivo de formação de identidade e escolha de futuro. É justamente nessa fase que a escola pode se tornar um laboratório de experimentação, onde eles aprendem não apenas o conteúdo das disciplinas, mas também como pensar de forma inovadora, planejar, errar, corrigir e tentar novamente.

Projetos de Educação Empreendedora inseridos no currículo criam espaços para oficinas práticas, desafios, prototipagem e feiras de inovação.
Além de ensinar finanças básicas, marketing e sustentabilidade, esses programas mostram ao estudante como transformar uma ideia simples em uma oportunidade real de impacto e renda.

💼 Geração de renda e impacto social

Em um país onde o desemprego juvenil ainda é alto, investir em educação empreendedora é investir em independência econômica e inclusão social.
Muitos jovens que participam de programas de empreendedorismo acabam criando negócios locais, iniciativas culturais, aplicativos, projetos sustentáveis e startups sociais, contribuindo diretamente para o desenvolvimento das suas comunidades.

Um exemplo recente é o projeto Educação Empreendedora — Jovens Makers e Empreendedores da Baixada, que será implementado em Belford Roxo (RJ) e municípios vizinhos entre 2025 e 2026, com foco em alunos de 13 a 18 anos.
O programa prevê formação de professores, oficinas práticas e uma grande feira de empreendedorismo estudantil, onde os jovens apresentarão e comercializarão seus produtos e serviços.
Antes do início das atividades, será feita uma pesquisa de confirmação dos alunos de 2026, para mapear com precisão o público participante e ajustar as ações de acordo com as realidades das escolas.

🌍 O empreendedorismo como ferramenta de transformação

A Educação Empreendedora também está alinhada aos valores do G20, que incluem inovação, sustentabilidade, inclusão e formação de capital humano.
Ela permite que o jovem compreenda o mundo de forma crítica e participativa, aprendendo a agir localmente e pensar globalmente.

Mais do que preparar futuros empresários, essa metodologia forma cidadãos conscientes, criadores de soluções e protagonistas das próprias histórias.
O estudante passa a enxergar o conhecimento escolar como uma ferramenta prática, capaz de melhorar sua vida e a de outras pessoas.

🏫 O papel das escolas e dos professores

Para que a educação empreendedora se consolide, é fundamental investir na formação continuada de professores.
Eles são os mediadores do processo criativo e devem estar preparados para lidar com metodologias ativas, projetos interdisciplinares e desafios reais.

As escolas, por sua vez, precisam abrir espaço para a experimentação — substituindo a lógica de apenas “transmitir conteúdo” pela de construir experiências.
Cada aula, oficina ou projeto pode se tornar o ponto de partida para um novo sonho, uma nova empresa ou uma solução inovadora que beneficie toda a comunidade.

🚀 Conclusão: o futuro é empreendedor

Ensinar empreendedorismo nas escolas não é apenas uma tendência — é uma necessidade urgente.
É a oportunidade de preparar jovens para um mundo em constante mudança, oferecendo ferramentas para que se tornem criadores de soluções, geradores de oportunidades e agentes de transformação social.

Como diz o ditado:

“Quando se ensina um jovem a empreender, ensina-se uma sociedade inteira a evoluir.”


TV OPINIÃO

Sergio Couto 

COLUNA DO COUTO: "A fome na Bahia: do quadro estadual às dificuldades no Sul do estado"

 Índice da Matéria


  1. Introdução
    • Impacto da fome no Brasil e na Bahia.
    • Breve contextualização: contrastes entre turismo, riqueza e fome.
  2. Panorama da fome na Bahia
    • Dados estaduais de insegurança alimentar (percentuais, milhões de famílias).
    • Programas estaduais de combate à fome (Bahia Sem Fome, cozinhas solidárias, agricultura familiar).
    • Resultados positivos, mas ainda insuficientes.
  3. Dificuldades estruturais no estado
    • Logística (território amplo, estradas precárias).
    • Recursos e orçamento.
    • Falta de adesão de alguns municípios ao SISAN / Conselhos.
    • A dependência de repasses e de programas centralizados.
  4. A realidade no Sul da Bahia
    • Cidades turísticas x desigualdade social.
    • Dados de Porto Seguro: população, número de domicílios, insegurança alimentar.
    • Programas locais: Alimenta Brasil, PAA, distribuição de cestas básicas (exemplos de 2021–2023).
    • Número de famílias atendidas vs. famílias necessitadas.
  5. Por que as cestas não chegam como deveriam
    • Problemas de transporte e logística nas zonas rurais/distritos.
    • Critérios de seleção pouco transparentes.
    • Recursos municipais insuficientes.
    • Planejamento irregular e dependência de emergências.
    • Falta de articulação entre prefeitura, estado e União.
  6. Consequências da fome na região
    • Impactos diretos: crianças, trabalhadores informais, comunidades indígenas.
    • A fome em meio ao turismo e ao luxo: contradição social.
  7. Propostas e caminhos possíveis
    • Fortalecer a agricultura familiar local.
    • Garantir orçamento permanente.
    • Transparência nos cadastros e participação comunitária.
    • Expansão das cozinhas comunitárias e solidárias.
    • Articulação de políticas integradas (saúde, assistência social, educação).
  8. Conclusão
    • Reforço do direito humano à alimentação.
    • O contraste de Porto Seguro: cidade símbolo do turismo, mas também de desigualdade.
    • Chamado à ação: sociedade, governos e entidades precisam cobrar e agir.

Matéria

A fome na Bahia: do quadro estadual às dificuldades no Sul do estado

Em pleno século XXI, a Bahia ainda convive com um problema que deveria estar no passado: a fome. O cenário é contraditório. Enquanto alguns setores da economia crescem e cidades turísticas recebem milhares de visitantes, milhões de baianos ainda não sabem se terão o que comer no próximo dia.

A fome no estado da Bahia

De acordo com dados oficiais de 2024, 37,8% dos domicílios baianos convivem com algum grau de insegurança alimentar, o que representa mais de 2,1 milhões de famílias. Aproximadamente 1,7 milhão de pessoas enfrentam insegurança alimentar grave, ou seja, passam fome.

Nos últimos dois anos, o programa estadual Bahia Sem Fome ajudou a reduzir os índices, beneficiando 65,7 mil famílias em apenas seis meses de ação, com a distribuição de mais de 657 toneladas de alimentos. Além disso, foram criadas cozinhas comunitárias e solidárias em diversos municípios, além de incentivos à agricultura familiar.

Mesmo com avanços, os números continuam alarmantes. A Bahia ocupa uma das piores posições no ranking nacional de insegurança alimentar.

As dificuldades estruturais

A logística é um dos grandes gargalos: o estado possui dimensões continentais e regiões de difícil acesso, especialmente em períodos de chuva. Estradas ruins e falta de transporte adequado dificultam a chegada de alimentos a comunidades afastadas.
Outro problema é a dependência dos municípios em relação aos repasses estaduais e federais. Nem todas as cidades estão integradas ao SISAN (Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) ou possuem conselhos municipais ativos, o que limita a capacidade de planejamento e execução local.

A realidade no Sul da Bahia

É no Sul do estado que o contraste se torna ainda mais visível. Porto Seguro, um dos principais destinos turísticos do Brasil, convive lado a lado com a fome. Segundo estimativas oficiais, o município de Porto Seguro, exemplo a ser citado,  tem 168 mil habitantes e cerca de 60 mil domicílios, muitos deles em situação de vulnerabilidade, apesar de todos os esforços.

Nos últimos anos, a prefeitura implementou programas de apoio, como o Alimenta Brasil e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), que distribuem hortifrutis produzidos por agricultores locais. Em 2023, foram entregues 18 toneladas de alimentos, beneficiando 44 agricultores e centenas de famílias.
Em momentos críticos, como durante a pandemia, mais de 1.300 cestas básicas foram distribuídas a famílias em vulnerabilidade. Em comunidades como Frei Calixto, Vera Cruz e Trancoso, houve entregas específicas que atenderam algumas centenas de famílias.

Apesar dos esforços, o número de famílias atendidas é menor que a necessidade real. Muitas comunidades, especialmente rurais e indígenas, ainda enfrentam dificuldades para receber apoio regular.

Por que as cestas não chegam como deveriam em todo o Brsail?

  • Logística precária: estradas e transporte insuficientes dificultam o acesso a áreas afastadas.
  • Critérios pouco claros: famílias relatam incerteza sobre quem tem direito e quando haverá distribuição.
  • Recursos limitados: o orçamento municipal não cobre a demanda crescente.
  • Planejamento irregular: as entregas acontecem em caráter emergencial, sem periodicidade fixa.
  • Falta de articulação: nem sempre há integração eficiente entre prefeitura, estado e União.

As consequências da fome no Sul da Bahia

A fome afeta principalmente crianças, trabalhadores informais, indígenas e famílias que vivem em áreas periféricas ou rurais. O contraste é evidente: enquanto hotéis de luxo oferecem banquetes para turistas, famílias locais lutam para garantir o básico.

Propostas e caminhos possíveis

Para mudar esse cenário, algumas medidas são essenciais:

  • Fortalecer a agricultura familiar local, garantindo escoamento da produção e abastecimento direto às famílias.
  • Garantir orçamento permanente para segurança alimentar.
  • Transparência nos cadastros e participação da comunidade no controle social.
  • Ampliar cozinhas comunitárias e solidárias, para oferecer refeições diariamente.
  • Integração de políticas públicas, unindo assistência social, saúde, educação e agricultura.

Conclusão

A fome na Bahia é um problema que tem raízes profundas e soluções conhecidas. O que falta é vontade política e gestão eficiente. No Sul da Bahia, a desigualdade social salta aos olhos: de um lado, o turismo internacional em vários municípios; de outro, famílias que dependem de uma cesta básica que muitas vezes não chega.

Fica a sugestão da criação de taxas e captação  em impostos municipais para o combate à fome, principalmente naqueles municípios que trabalham para atender esta demanda, mas que infelizmente não conseguem atender a meta necessária. Apesar de todos os esforços do Governo Federal, Estadual e Municipal em buscar a FOME ZERO, isso não acontece, mas se o foco fosse extremamente objetivo cada município poderia fazer o dever de casa e atingir o princípio da dignidade humana, o alimento na mesa de quem tem fome.
Garantir o direito à alimentação é mais do que uma obrigação legal — é uma questão de dignidade humana.



Sergio Couto é Presidente do SINDMAEB, Delegado da OMB , Vice-Presidente do Partido Verde e representante do ICA no Estado da Bahia

 

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