Por que ensinar empreendedorismo para jovens de 13 a 18 anos é a chave para transformar o Brasil
O mundo está mudando — e rápido. A cada nova geração, surgem tecnologias, profissões e desafios que exigem muito mais do que boas notas. Exigem iniciativa, criatividade e capacidade de resolver problemas. É nesse cenário que a Educação Empreendedora ganha força como uma das estratégias mais transformadoras dentro das escolas brasileiras, especialmente entre os jovens de 13 a 18 anos.
🧠 Empreender é mais do que abrir um negócio
Quando falamos em empreendedorismo na escola, não estamos falando apenas de ensinar os jovens a montar uma empresa ou vender produtos. O foco está em formar mentes criativas, proativas e autônomas, capazes de transformar ideias em ações concretas — seja na comunidade, no mercado de trabalho ou em projetos pessoais.
A Educação Empreendedora estimula valores como liderança, colaboração, empatia, planejamento, gestão do tempo e visão de futuro.
Essas competências são consideradas pela UNESCO e pela OCDE como essenciais para o século XXI.
“O empreendedorismo escolar é uma ferramenta de emancipação. Ele desperta o protagonismo do aluno e o faz perceber que é possível construir o próprio caminho”, explica a educadora Sandra Vital Lacerda, especialista em projetos educacionais e culturais.
📚 A escola como laboratório de ideias
Entre os 13 e 18 anos, os jovens estão em um momento decisivo de formação de identidade e escolha de futuro. É justamente nessa fase que a escola pode se tornar um laboratório de experimentação, onde eles aprendem não apenas o conteúdo das disciplinas, mas também como pensar de forma inovadora, planejar, errar, corrigir e tentar novamente.
Projetos de Educação Empreendedora inseridos no currículo criam espaços para oficinas práticas, desafios, prototipagem e feiras de inovação.
Além de ensinar finanças básicas, marketing e sustentabilidade, esses programas mostram ao estudante como transformar uma ideia simples em uma oportunidade real de impacto e renda.
💼 Geração de renda e impacto social
Em um país onde o desemprego juvenil ainda é alto, investir em educação empreendedora é investir em independência econômica e inclusão social.
Muitos jovens que participam de programas de empreendedorismo acabam criando negócios locais, iniciativas culturais, aplicativos, projetos sustentáveis e startups sociais, contribuindo diretamente para o desenvolvimento das suas comunidades.
Um exemplo recente é o projeto Educação Empreendedora — Jovens Makers e Empreendedores da Baixada, que será implementado em Belford Roxo (RJ) e municípios vizinhos entre 2025 e 2026, com foco em alunos de 13 a 18 anos.
O programa prevê formação de professores, oficinas práticas e uma grande feira de empreendedorismo estudantil, onde os jovens apresentarão e comercializarão seus produtos e serviços.
Antes do início das atividades, será feita uma pesquisa de confirmação dos alunos de 2026, para mapear com precisão o público participante e ajustar as ações de acordo com as realidades das escolas.
🌍 O empreendedorismo como ferramenta de transformação
A Educação Empreendedora também está alinhada aos valores do G20, que incluem inovação, sustentabilidade, inclusão e formação de capital humano.
Ela permite que o jovem compreenda o mundo de forma crítica e participativa, aprendendo a agir localmente e pensar globalmente.
Mais do que preparar futuros empresários, essa metodologia forma cidadãos conscientes, criadores de soluções e protagonistas das próprias histórias.
O estudante passa a enxergar o conhecimento escolar como uma ferramenta prática, capaz de melhorar sua vida e a de outras pessoas.
🏫 O papel das escolas e dos professores
Para que a educação empreendedora se consolide, é fundamental investir na formação continuada de professores.
Eles são os mediadores do processo criativo e devem estar preparados para lidar com metodologias ativas, projetos interdisciplinares e desafios reais.
As escolas, por sua vez, precisam abrir espaço para a experimentação — substituindo a lógica de apenas “transmitir conteúdo” pela de construir experiências.
Cada aula, oficina ou projeto pode se tornar o ponto de partida para um novo sonho, uma nova empresa ou uma solução inovadora que beneficie toda a comunidade.
🚀 Conclusão: o futuro é empreendedor
Ensinar empreendedorismo nas escolas não é apenas uma tendência — é uma necessidade urgente.
É a oportunidade de preparar jovens para um mundo em constante mudança, oferecendo ferramentas para que se tornem criadores de soluções, geradores de oportunidades e agentes de transformação social.
Como diz o ditado:
“Quando se ensina um jovem a empreender, ensina-se uma sociedade inteira a evoluir.”
TV OPINIÃO
Sergio Couto